terça-feira, 13 de julho de 2010

Amir Haddad

E Viva o Teatro de Rua

Conheça um pouco sobre Amir Addad

Biografia

Amir Haddad (Guaxupé MG 1937). Diretor e ator. Dirige grupos alternativos na década de 1970 fundamentando uma linha de trabalho significativamente pesquisada por essa geração: disposição não convencional da cena; desconstrução da dramaturgia; utilização aberta dos espaços cênicos; e interação entre atores e espectadores. Essa linha de pesquisa se sedimentará no seu trabalho como diretor a partir da fundação do Tá na Rua, em 1980, grupo que encabeça até hoje.

Sai de Rancharia, interior de São Paulo, em 1954, para estudar na capital. Em 1957, interrompe a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, onde tem como colegas José Celso Martinez Corrêa e Renato Borghi, que o convidam para dirigir Cândida, de Bernard Shaw. Participa da criação do Teatro Oficina, trabalhando em A Ponte, de Carlos Queiroz Telles, e Vento Forte para Papagaio Subir, de José Celso Martinez Corrêa, ambas em 1958. Em 1959, ainda com o Oficina, participa, entre outras, de A Incubadeira, de José Celso Martinez Corrêa, que lhe vale seu primeiro prêmio de melhor direção.

Desligando-se do Teatro Oficina, segue em 1961 para Belém, no Pará, realizando uma série de trabalhos para a Escola de Teatro de Belém. Em 1965, o Teatro Universitário Carioca o convida para dirigir O Coronel de Macambira, de Joaquim Cardoso, e Amir acaba por permanecer no Rio de Janeiro. Lá é um dos fundadores do grupo A Comunidade, sitiado no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, que se projeta em 1969 com o espetáculo A Construção, de Altimar Pimentel, atribuindo a Amir o Prêmio Molière de melhor direção. Em 1970, realiza mais dois espetáculos com o grupo: Agamêmnon, de Ésquilo, e Depois do Corpo, de Almir Amorim. No mesmo ano, ganha o segundo Molière, com O Marido Vai à Caça, de Georges Feydeau. Em 1972, no Rio de Janeiro, segundo o crítico Yan Michalski, "apenas um espetáculo de grandes méritos e força de personalidade salva a honra da temporada: Tango, fascinante fábula moral e política do polonês Slawomir Mrozec, que Amir Haddad dirigiu com alegre soltura, num tom que oscilava entre farsa rasgada e ópera bufa, mas sempre com um fogo de artifício de idéias diretoriais..."1 Tangoé uma produção da atriz Tereza Raquel, em que Amir ganha o prêmio Governador do Estado de melhor diretor. Com o Grupo de Niterói, faz SOMMA, no Teatro João Caetano, 1974, espetáculo que continua as experimentações do A Comunidade, chamando a atenção por colocar a platéia no palco, adotando a improvisação como um dos motores fundamentais da cena. Em 1980, funda o Tá na Rua, fazendo apresentações de rua baseadas em cenas de criação coletiva. Em 1984 estréia com o grupo o espetáculo Morrer pela Pátria, de Carlos Cavaco, encenado por mais de três anos, contribuindo para a pesquisa de demolição da linguagem do teatro convencional do conjunto, que desemboca no seu trabalho de teatro de rua.

Realiza, também, trabalhos no teatro comercial, que lhe valem o Prêmio Shell por Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar em 1989; e o Prêmio Sharp, por O Mercador de Veneza, de William Shakespeare, em 1996. Dirige, ainda de Shakespeare, Noite de Reis, em 1997; e O Avarento, de Moliére, em 2000.

Como professor trabalha de 1961 a 1964 na Escola de Teatro do Pará, em Belém, e a partir daí a atividade docente é permanentemente exercida. De 1966 a 1973 dá aulas no Rio de Janeiro na Escola de Teatro da Federação das Escolas Federais Isoladas no Estado do Rio de Janeiro, atual Universidade do Rio de Janeiro, e entre 1965 e 1978 na Escola de Teatro Martins Pena. Trabalha na Formação do Núcleo de Teatro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, de 1992 a 1995, além de aplicar cursos em muitos eventos de artes cênicas no país e no exterior, sendo, inclusive, pedagogo convidado da Escola Internacional de Teatro Latino-Americano e Caribe, em Havana.

A partir da década de 1990, Amir aprofunda suas pesquisas de teatro de rua, fazendo diversas encenações de Cortejos e Autos pelo país, movimentando milhares de pessoas nessas encenações, tendo quase sempre presente alguns dos integrantes do Tá na Rua.

A capacidade de transitar com a mesma desenvoltura entre produções convencionais e megaespetáculos populares faz de Amir um diretor singular no cenário do teatro brasileiro contemporâneo.

Notas

1. MICHALSKI, Yan. O teatro sob pressão: uma frente de resistência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985, p. 53.

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=693

terça-feira, 22 de junho de 2010

. A Arte

Criação Humana de valores estéticos
(beleza, equilíbrio, harmonia, revolta)
que sintetizam suas emoções, sua
história, seus sentimentos e sua cultura.
É um conjunto de procedimentos,
utilizados para realizar obras, e no qual
aplicamos nosso conhecimento.
E se apresenta sob varias formas como:
a plástica, a musica, o cinema, o teatro,
a dança, a arquitetura, etc.

Mas o local onde realizar a sua arte, fica a critério de cada artista.
Nós artistas de rua já fizemos esta escolha.